O escritor e jornalista uruguaio, Eduardo Galeano, autor do clássico “As veias abertas da América Latina”, escreveu um parágrafo de absoluta lucidez:
“Nenhuma guerra tem a honestidade de confessar: eu mato para roubar. As guerras invocam, sempre, motivos nobres, matam em nome da paz, em nome de Deus, em nome da civilização, em nome do progresso, em nome da democracia e se por via das dúvidas nenhuma dessas mentiras for suficiente, aí estão os grandes meios de comunicação dispostos a inventar novos inimigos imaginários para justificar a conversão do mundo num grande manicómio e um imenso matadouro.”
Os ataques do grupo islâmico Hamas contra Israel de um lado e, de outro, os bombardeios israelenses na Faixa de Gaza já mataram mais de 2 mil pessoas.
Metade das vidas perdidas em Gaza são de crianças e mulheres palestinas. Atos de guerra criminosos despejam bombas sobre cidades e destroçam hospitais, escolas, templos e residências.
Os líderes políticos que investem em armas e vomitam mísseis sobre civis inocentes por si sós já dão motivos mais do que suficientes para serem destituídos e afastados do poder.
Imagens de violência insana chocam a humanidade, enquanto outra guerrilha virulenta utiliza os meios de comunicação e golpeia a razão, mente, desinforma, incita o ódio e incentiva a discórdia política.
Aqui nas terras brasileiras, estamos todos sentados sobre um vulcão político, fumegante de intolerância religiosa e ódio de classes, prestes a explodir. As diferenças que deveriam ser as nossas maiores riquezas, se transformaram nos últimos anos em barril de pólvora, cujo estopim está na mira dos incendiários grupos extremistas.
Exagero? Basta lembrar que em dezembro passado, na véspera do Natal, o intuito golpista de terroristas por pouco não explodiu o aeroporto de Brasília porque o explosivo colocado num caminhão tanque cheio de combustível falhou.
Basta de armas. Chega de guerras. O mundo pede paz!