O sociólogo Léo Pinho, candidato do PT a prefeito de Valinhos, está em Brasília onde participa da plenária do CNDH – Conselho Nacional dos Direitos Humanos que trata do caso de acusação de assédio sexual e moral contra o ex-ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida.
Léo Pinho foi presidente do CNDH no período de 2019/2020 e reeleito em 2022, durante o governo de Jair Bolsonaro. Em 2023, na condição de diretor, representou o Ministério dos Direitos Humanos junto ao Conselho.
Pinho acusa o ex-ministro Sílvio Almeida de assédio moral em episódios que teriam ocorrido em 2023, quando os dois trabalhavam juntos no governo do Presidente Lula. A relação entre ambos teria ficado tensa à medida em que ele contrariava Almeida. “A tensão se transformou em gritos e xingamentos por parte do ministro. Almeida batia no peito e na mesa ao se dirigir a subordinados”, disse Léo.
Sílvio Almeida foi demitido por Lula após a repercussão das acusações de assédio a mulheres, entre elas, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. Em nota oficial, o Governo Federal reiterou seu compromisso com os Direitos Humanos e reafirmou que nenhuma forma de violência contra as mulheres será tolerada.
Indagado pelo Pé de Figo, Léo Pinho fez questão de ressaltar que seu pronunciamento tem o objetivo de tornar público os tantos casos de trabalhadores e trabalhadoras (concursados e terceirizados) que sofreram assédio. “O meu caso só reforça que foi uma combinação grave de assédios, uma cultura de gestão autoritária e violadora de direitos humanos”, afirmou.