Para alguns salvação, para outros um papelão; eis a sítense da reação da população valinhense sobre a adesão dos ex-prefeitos Marcos José da Silva e Clayton Machado à campanha de reeleição da Capitã Lucimara (PSD).
Amargando altos índices de reprovação, a candidata à reeleição, Lucimara (PSD), foi buscar na cooptação dos ex-prefeitos Marcos José da Silva e Clayton Machado, que tiveram suas contas reprovadas e, portanto, estão inelegíveis, um último suspiro de esperança de salvação para a empreitada de se manter à frente da prefeitura, por mais quatro anos.
Atraídos pelo poder da máquina pública, num momento em que a prefeitura dispõe de um gordo caixa, o irresistível afago de indicações para cargos comissionados e contratos milionários, por si só, justificaria o empolgado apoio dos políticos que antes foram espinafrados pela prefeita com o discurso de mudança em 2020.
No entanto, o raciocínio das velhas figuras é mais astuto. Impedidos de disputar o pleito deste ano, Marcão e Clayton estarão aptos a retornar no futuro e, por isso, apostam na vitória da Capitã, que estará fora da eleição de 2028, para abortar o fortalecimento de novas lideranças, sobretudo Tonetti e Franklin.
Por outro lado, a depender da reação daqueles que consideram um papelão dos ex-prefeitos, não será tarefa fácil para ninguém, já que, a sete dias do 6 de outubro, a cidade está impregnada de um sentimento: será uma disputa bastante acirrada.
Importante lembrar que o eleitorado de Valinhos rejeitou a hipótese de reeleição do prefeito, em 2016, com o próprio Clayton Machado e, em 2020, com Orestes Previtale. Vários fatores decorrentes das medidas implantadas pela prefeita ajudam a explicar a rejeição ao atual governo municipal, tais como: aumento da conta de água, privatização do DAEV, aprovação do Plano Diretor autorizando o avanço da expansão urbana sobre àreas de preservação ambiental e de agricultura, nomeação de secretários de fora da cidade, denúncia de perseguição a servidores e realização de obras em ano de eleição.