O histórico relógio trazido ao Brasil por Dom João VI, danificado durante os atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, chegou a Brasília nesta terça-feira (7), após passar por restauração na Suíça, com custos arcados pelo governo suíço.
A peça do século 17, que estava exposta no Palácio do Planalto, foi danificada durante a invasão e depredação do local há dois anos. A Audemars Piguet, renomada fabricante de relógios, conduziu os reparos ao longo de 2024.
Em cerimônia marcada para esta quarta-feira (8), o governo federal relembrará o segundo aniversário das invasões às sedes dos Três Poderes e reapresentará 21 obras restauradas, incluindo o relógio, uma ânfora portuguesa e o quadro “As Mulatas”, de Di Cavalcanti.
No ano passado, a memória do 8 de janeiro foi lembrada no Congresso Nacional e no STF com o evento “Democracia Inabalada”.
O STF condenou a 17 anos de prisão Antônio Cláudio Alves Ferreira, responsável pela destruição do relógio durante os atos golpistas no Palácio do Planalto.
A maioria seguiu o voto do relator da matéria, ministro Alexandre de Moraes, que votou pela condenação a 17 anos de prisão pelos crimes de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado e dano qualificado pela violência e grave ameaça, com emprego de substância inflamável contra o patrimônio da União.