Sentado à mesa no CACC — Centro de Artes, Cultura e Comércio de Valinhos — Adoniran Barbosa bem que poderia ter ao seu lado a escultura de Peteleco, seu fiel companheiro de quatro patas.
Em uma tocante sinfonia de amizade e devoção, revisitamos a emocionante história entre o sambista valinhense e seu inseparável cachorrinho, Peteleco. Para Adoniran, ele não era apenas um vira-lata — era confidente, parceiro e amigo.
Adoniran não escondia o carinho pelo cãozinho. Peteleco não era só um mascote: acompanhava o compositor em suas caminhadas, ia sozinho à padaria buscar pães e até o seguia no mar de Santos, onde se deitava sobre seu peito, como quem protege o coração do dono.
A ligação entre os dois era tão forte que Adoniran resolveu eternizar o amigo também como artista. Pelo menos seis sambas foram oficialmente assinados por Peteleco, um gesto que mistura afeto e bom humor.
Durante uma viagem a Santos, Peteleco ingeriu algo estragado e morreu, mergulhando Adoniran em profunda tristeza. Acredita-se que o samba “Não Quero Entrar”, lançado em 1968, tenha sido composto em sua homenagem:
“Eu voltei somente pra buscar / Meu cachorrinho, meu cobertor e meu violão…”
Conheça a história completa aqui e se emocione:

