Para o presidente do Conselho Municipal de Educação de Valinhos, professor Frederico Leal, “Ou nós temos condição de garantir a segurança para a volta de todos os alunos ou ninguém volta.”
Uma enquete realizada nas redes sociais do Pé de Figo, que contou com a participação de mais de 1100 pessoas, aponta um resultado expressivo de 96,76% contra o retorno às aulas neste momento.
Uma grande maioria de 698 votos foi mais longe e preferiu a opção “meu filho só volta às aulas depois da vacina”, enquanto 369 optaram pela alternativa “ainda não é seguro voltar às aulas”.
Para 33 pessoas, “o pior já passou e as crianças precisam voltar para a escola”, 7 acreditam que “a pandemia é uma grande farsa”, e mais 26 votos se dividiram em outras opções.
A discussão acontece num momento em que alguns governantes cogitam iniciar as medidas de retomada das atividades escolares, sem que se tenha, até agora, um controle efetivo da pandemia.
Acompanhe aqui a enquete
Volta às aulas

O presidente do Conselho Municipal de Educação de Valinhos, professor Frederico Leal, fez uso, nesta terça-feira (4), da Tribuna Livre da Câmara Municipal, para apresentar um diagnóstico da educação e responder a perguntas dos vereadores.
“A educação é um direito público inalienável, não é um desejo, opinião de pai ou mãe enviar ou não. Ou nós temos condição para garantir a segurança para a volta de todos os alunos ou não existe essa segurança e ninguém volta. É muito complicado você jogar a responsabilidade desse retorno para os pais”, professor Frederico Leal.
De acordo com os planos do Governo do Estado de São Paulo, está prevista a retomada das aulas no estado a partir de 8 de setembro, mas a data deve ser prorrogada, já que ainda há regiões do estado com muitos casos de Covid-19.
Em um questionário feito inicialmente por ação do próprio Conselho Municipal da Educação de Valinhos e, depois, com o apoio da Secretaria da Educação, foi constatado que 85% dos pais não se sentem seguros para o retorno das aulas neste momento.
Ao contrário do defendido pelo Conselho Municipal de Educação da cidade de São Paulo, o Conselho de Valinhos não concorda com a proposta de deixar os pais decidirem se os filhos voltam ou não para a escola.
