Medalhista de bronze nos Jogos Olímpicos, Arthur Nory agora é também um campeão mundial. Neste domingo (13), ele faturou, na última prova do Mundial de Stuttgart (Alemanha), a primeira e única medalha da seleção brasileira: um ouro, na barra fixa. Momentos antes, Flávia Saraiva foi quarta colocada no solo, ficando sem medalha por detalhes, e, antes ainda, sexta na trave de equilíbrio.
Também no domingo, Bia Ferreira foi campeã mundial de boxe. Nory, que na Olimpíada do Rio foi bronze no solo, chegou ao Mundial cotado para uma medalha na barra fixa, mas não era nem o principal favorito entre os brasileiros. Chico Barretto ganhou o ouro nos Jogos Pan-Americanos, com nota 14,566, logo logo à frente do próprio Nory. Nas eliminatórias do Mundial, porém, Chico caiu do aparelho e não conseguiu vaga na final.
Neste domingo, o ginasta do Pinheiros se superou. Depois de receber nota 14,600 nas eliminatórias, ele melhorou 0,3 em execução e subiu para 14,900. Quinto a se apresentar, assumiu a primeira colocação e passou a torcer para que os adversários não o superassem. Deu certo. Daiki Hashimoto, do Japão, teve várias falhas, e Tyson Bull, da Austrália, teve uma queda. Samuel Mikulak, estrela da ginástica norte-americana, também não brilhou, e deixou o ouro com Nory.
Com a medalha, Nory entra em um seletíssimo hall da ginástica brasileira. Antes dele, só Arthur Zanetti (um ouro e três pratas) e Diego Hypolito (dois ouros, uma prata e dois bronzes), entre os homens, haviam ganhado medalhas ganhado medalhas em Campeonatos Mundiais.
No feminino também já foram ao pódio Jade Barbosa (dois bronzes, em 2007 e 2010), Daiane dos Santos (ouro em 2003) e Daniele Hypolito (prata em 2001).
Publicação original de Olhar Olímpico