As panelas, que antes batiam contra a corrupção, hoje foram substituídas por aplausos para homenagear profissionais de saúde que estão dispostos a cuidar de nós.
Por Josué Roupinha Jr.
Calma. Não estou dizendo para fecharem para sempre as igrejas, terreiros ou templos religiosos. Mas tem me assustado ver que ainda há líderes religiosos insistindo em fazer seus cultos.
Sacerdotes religiosos, sejam eles de qual religião forem, tem a responsabilidade de cuidar de seu rebanho e serem guias espirituais daqueles que procuram a evolução espiritual.
Na Bíblia está escrito, em Mateus 22:39, que devemos amar ao próximo como a nós mesmos. Então por que remar contra a maré e insistir para que fiéis estejam dentro de templos religiosos correndo risco de vida? O ‘amar ao próximo’ só vale quando é em benefício próprio?
A humanidade está adoecendo (e morrendo!) por causa de um vírus, o qual a ciência ainda não conseguiu descobrir uma vacina de cura.
O povo brasileiro, enquanto muitos lutam na justiça para não fechar seus templos religiosos, está lutando para sobreviver. Microempreendedores, autônomos, pequenas empresas e etc., tem se desdobrado para enfrentar mais esta crise. E estão com medo! O povo brasileiro está tendo uma grande oportunidade, que é a de se recolher, de se cuidar e de ter um tempo para si. O brasileiro está cuidando dos seus entes queridos – e tem dado uma lição de solidariedade e empatia.
As panelas, que antes batiam contra a corrupção, hoje foram substituídas por aplausos para homenagear profissionais de saúde que estão dispostos a cuidar de nós.
O brasileiro está em quarentena e ligando para saber se os seus familiares estão bem, para limpar aquele armário com livros velhos, para oferecer ajuda às pessoas de risco, para colocar suas orações em dia…
Quando um rebanho procura uma templo religioso, ele necessita de acolhimento. Ele quer sobreviver física e espiritualmente. Então é hora de somarmos esforços a esses tantos brasileiros que querem sobreviver a mais esta crise que, infelizmente, está só no começo.
Sabe-se que tempo é dinheiro, mas a fé, acreditem, não precisa de espaços religiosos para se manter firme em tempos como estes.
Mas a realidade, ainda, é que tanta gente se esqueceu do verdadeiro sentido da espiritualidade.
E se continuarmos assim, só nos resta pedir para que nosso Amigo volte logo e venha dizer tudo de novo.
Josué Roupinha Jr. é jornalista pós-graduado, professor de marketing, umbandista e proseador da política. Sugestões para a coluna, entre em contato pelo e-mail jroupinha1@gmail.com ou pela página no Facebook Josué Roupinha Jr