A Câmara Municipal de Valinhos convocou uma sessão extraordinária para quarta-feira (6), às 17h, para realizar a votação dos projetos de lei do Plano Diretor e do Uso e Ocupação do Solo. Poderia ser o final de um capítulo de plena sintonia entre a participação popular e a sua representação no legislativo, mas a maioria dos vereadores parece caminhar exatamente no sentido contrário.
Foram anos de intensa mobilização das entidades representativas da sociedade civil valinhense, além da OAB e até o Ministério Público, na defesa da preservação da história, do meio ambiente, da agricultura, da Serra dos Cocais, dos mananciais de água.
Fica escancarada a mudança de posição de alguns vereadores que antes diziam “Valinhos não precisa de crescimento, precisa de desenvolvimento”, sabe-se lá a que preço tal traição de princípios e abandono de responsabilidade.
Pouco importam o caos do trânsito, a escassez de água, a falta de planejamento e o inacreditável número de quase 5.000 lotes de terrenos vazios em áreas já urbanizadas, eles querem mais loteamentos, mais condomínios, mais prédios.
Um “Manifesto dos Agricultores Contra a Atual Proposta do Plano Diretor” foi entregue ao presidente da Câmara, vereador Tolói, no final de novembro, para reprovar “veementemente” os trabalhos apresentados pela Comissão de Sistematização quanto à proposta de revisão do Plano Diretor e da Lei de Uso e Ocupação do Solo.
O Movimento Mobiliza Plano Diretor, formado por ativistas e associações, não se cansa de denunciar. Veja abaixo:
A Comissão de Sistematização da revisão do Plano Diretor é composta pelos seguintes vereadores: Gabriel Bueno (presidente), Alécio Cau (relator), Fábio Damasceno, André Amaral, Thiago Samasso, Mayr e Alexandre Japa.
Seja qual for o resultado, a luta não se encerra. Denúncias, manifestos, ações judiciais apontam os próximos passos.