O biólogo Fábio Motta, responsável pelo mutirão de voluntários no socorro de animais vítimas do incêndio na Serra dos Cocais, voltou ao local no fim de semana para conferir o resultado da ação.
Segundo Fábio, o resultado pode ser verificado pelas mordidas, pegadas, bicadas ou até pela ausência dos alimentados deixados nos pontos estratégicos. No total foram selecionados 16 pontos com alimentos, todos eles demonstraram terem sido fuçados pelos animais, em sua grande maioria, de pequeno porte, como gambás, saguis, roedores silvestres e aves.
“Infelizmente precisamos retirar as armadilhas fotográficas de campo, pois uma delas, que apareceu na reportagem [da EPTV], foi roubada. Reforçando o potencial crime contra a Serra. Quem queima nossas montanhas não quer registro da fauna que comprovem sua importância”, frisou Fábio.
Por outro lado, um movimento de solidariedade já organizou uma vaquinha para repor a câmera de armadilha fotográfico ao biólogo.
Esperançoso, Fábio conclama: “os esforços para preservar e conservar a Serra dos Cocais trouxeram novidades, mesmo com buracos e solavancos, devemos nos manter otimistas e continuar na luta. Serra ainda está longe de ser protegida, precisamos conquistar sua transformação em Unidade de Conservação, e isso só poderá ser feito através de dados técnicos e muita cobrança do Poder Público. Aos pés da eleição, pensem bem no futuro que desejam para o município e o meio ambiente”.
O mutirão será refeito na quarta-feira (11/09), na reserva presente no CEFOL CAMPINAS (Rodovia Dom Pedro I, Km 118, Dos Lopes, Valinhos/SP – CEP.: 13.273-300), onde já existe um monitoramento da fauna local.