Com intuito de servir como guia para quem busca um imóvel, empresa do setor imobiliário divulga estudo num momento em que Valinhos tem explosão de oferta de apartamentos.
Bastou uma empresa ligada ao setor imobiliário publicar o seu anuário de orientação destinado a quem busca um imóvel em novas localizações, apontando Valinhos como a cidade brasileira com o menor número de assassinatos, para que órgãos da imprensa, aliados a interesses políticos, estampassem em letras garrafais, às vésperas das eleições municipais: Valinhos é a cidade mais segura para se morar no Brasil.
O estudo do Guia Imobiliário MySide, elaborado com base nos dados do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, destaca Valinhos como primeira colocada no ranking com uma taxa de 0,9 assassinatos a cada 100 mil habitantes:
A própria empresa adverte em seu site:
“É importante reconhecer que, como qualquer pesquisa estatística, há limitações inerentes
à base de dados e à ciência estatística que podem causar distorções nos indicadores.
Assim, o anuário deve ser utilizado como um guia orientativo, em conjunto com outras
informações, para que as conclusões sobre os indicadores sejam devidamente
ponderadas. O intuito deste relatório não é definir uma verdade absoluta sobre os
indicadores, mas sim servir como um guia para pessoas em busca de um imóvel em uma
nova cidade.”
É óbvio que outros índices de segurança pública devem ser levados em conta antes de se afirmar categoricamente que moramos na cidade mais segura do Brasil. Realidade confirmada, infelizmente, dias após a publicação das manchetes, com a invasão do Colégio Carpe Diem, no Parque Nova Suíça, resultando no furto de fiação de cobre, relógio marcador de consumo de energia e equipamentos de informática.
Embora a prefeita Lucimara faça uma peça de marketing dizendo “que bandido não vem a Valinhos porque a gente prende”, há um ano, a AEVAL – Associação dos Empresários de Valinhos já alertava a situação preocupante da segurança das empresas situadas nas regiões dos bairros Chácara São Bento, Vale Verde, Macuco e Joapiranga.
Segundo os empresários, num período recente, diversas empresas situadas nas regiões de indústrias foram vítimas de furtos em suas instalações, com subtração de máquinas, equipamentos e fiação das instalações elétricas.
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