O Diretório Municipal da Rede Sustentabilidade realizou, no último sábado (8/2), sua Conferência Municipal para Eleição dos Órgãos Partidários, elegendo Luiz Henrique Parodi como o novo presidente do partido em Valinhos.
Durante o encontro, foram debatidos temas cruciais para a cidade, como conjuntura municipal, Plano Diretor, Agricultura Familiar, DAEV, Lagoa da Rigesa, Serra dos Cocais e a atuação do novo governo municipal.
Em entrevista ao Pé de Figo, Parodi revelou que relutou antes de aceitar o desafio de presidir o partido: “Aceitei o convite para integrar novamente a Rede Sustentabilidade, depois de passar por vários partidos e me decepcionar em quase todos, inclusive na própria Rede, quando ela tinha um ‘dono’ e não um coletivo. A proposta do grupo atual atende aos meus anseios: recuperar e melhorar o meio ambiente em que vivemos”, afirmou.
O novo presidente enfatizou a posição do partido: “A Rede é um partido que foge da polarização esquerda/direita, embora seus integrantes possam ter simpatias por ambos os lados. Não buscamos o poder respaldados por grupos econômicos ou ideologias extremistas, mas sim a participação na sociedade para reduzir desigualdades e, principalmente, preservar um meio ambiente saudável e sustentável. É nessa direção que pretendo focar. As decisões partidárias serão sempre colegiadas, respeitando a posição da maioria dos membros”, explicou.
Sobre as expectativas em relação ao novo prefeito, Franklin Duarte (PL), Parodi comentou positivamente sobre o início da gestão, destacando a suspensão da venda do DAEV. “Posso afirmar com convicção que a venda do DAEV seria um péssimo negócio para a cidade e para o próprio DAEV, que estava sendo deliberadamente enfraquecido para reduzir seu valor e gerar lucro imediato para o comprador. O DAEV tem uma equipe técnica qualificada, que tem conquistado recursos importantes através de programas governamentais e entidades ligadas ao saneamento”, ressaltou.
Ele ainda criticou a gestão anterior: “A prefeitura havia se transformado em um balcão de negócios, e as aprovações de empreendimentos passaram a ignorar requisitos técnicos e a cronologia dos protocolos. Estavam aprovando mais empreendimentos do que a atual infraestrutura de abastecimento poderia suportar. Esse será o grande desafio desta gestão: a produção de água”, disparou.
