A Justiça Eleitoral cassou, nesta sexta-feira (30), o mandato do vereador de São Paulo Rubinho Nunes (União) por ter divulgado em suas redes sociais um laudo falso que atribuía ao candidato do PSOL à prefeitura em 2024, Guilherme Boulos, o uso de cocaína. Além de perder o mandato, a decisão também tornou Nunes inelegível por oito anos.
Em nota, Rubinho afirmou que vai recorrer da decisão, alegando que “não houve qualquer ilegalidade”.
Filho do vereador Rubens Nunes (PL), da Câmara Municipal de Vinhedo, Rubinho nasceu em 1988, na mesma cidade do interior paulista. Ganhou notoriedade como um dos fundadores do Movimento Brasil Livre (MBL), grupo que teve papel central na campanha que derrubou Dilma Rousseff da presidência do Brasil. Posteriormente, foi candidato a vice-prefeito de Vinhedo.

Já na capital paulista, elegeu-se vereador e, na reeleição, foi o terceiro mais votado, com cerca de 101 mil votos, na chapa do atual prefeito Ricardo Nunes (MDB). Chegou a ter seu nome cogitado para a presidência da Câmara Municipal de São Paulo, mas um rompimento político com o prefeito frustrou suas pretensões. À época, ao ser questionado pela imprensa sobre a possível indicação de Rubinho para o cargo, Ricardo Nunes foi categórico: afirmou que a presidência do Legislativo exigia alguém com “caráter”.
Durante seu primeiro mandato, Rubinho Nunes protagonizou outras polêmicas. Propôs, por exemplo, uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) contra o padre Júlio Lancellotti e apresentou um projeto que previa multa de R$ 17 mil para quem distribuísse marmitas a pessoas em situação de rua sem autorização da Prefeitura. Após forte repercussão negativa, a tramitação da proposta foi suspensa.

