Professores da rede estadual podem sair da greve nesta sexta-feira
Assembleia definirá se as paralisações, iniciadas na terça-feira (28), devem continuar
Marcada para acontecer nesta sexta-feira (31), às 14h, no vão-livre do MASP (Av. Paulista) em São Paulo, a Assembleia Estadual dos Professores, organizada pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), definirá se a categoria sairá ou permanecerá no estado de paralisação no qual se encontra. A decisão da assembleia atingirá a rotina do ensino de Valinhos, bem como a de outras cidades da região.
Desde a última terça-feira (28), parte dos professores da rede de ensino estadual de São Paulo aderiram ao chamado da Apeoesp e paralisaram as atividades nas escolas por não concordarem com a Reforma da Previdência, pelo reajuste salarial imediato de 22,03% e por um ensino médio de qualidade.
De acordo com a Diretoria de Ensino da região de Campinas, cerca de 10% professores paralisaram durante a semana entre as cidades de Valinhos, Vinhedo e Campinas. Ainda segundo a entidade de ensino, o número de profissionais que optaram por não dar aula, hoje, dobrou em decorrência da manifestação marcada na Av. Paulista para a tarde desta sexta-feira.
Segundo informa uma funcionária da escola estadual Cyro de Barros, que não quis ter o nome divulgado, a frequência de alunos diminuiu durante esta semana, embora a maioria tenha ido como de costume. Outro motivo levantado pelos estudantes para justificar a ausência na escola é o gasto da passagem de ônibus para assistir a um número baixo de aulas.
A reportagem entrou em contato com a subsede de Campinas da Apeospe, mas nenhum dos conselheiros do sindicato estava presente no local, pois todos já haviam se dirigido a São Paulo.
A assessoria da Apeosp, da sede central em São Paulo, enviou uma nota esclarecendo os motivos da paralisação; adequação do salário, que não é reajustado desde 2014; criticam a política de abono adotada pelo governo para adequar o salário ao piso nacional; e se manifestam contra a Reforma da Previdência, porque a medida prejudica não somente os professores, mas, sobretudo, as professoras.
Abaixo, trecho da nota divulgada:
“Nossos salários são baixos, a reforma do ensino médio prejudica os estudantes, reduz postos de trabalho e são cada vez piores nossas condições de trabalho. Não há outro caminho. Precisamos do apoio dos pais, dos estudantes, de todos. Vamos à greve por reajuste salarial, pela valorização profissional, contra a reforma da previdência e em defesa da escola pública!”
Foto: EPTV