Na semana em que o mundo se assombra com o avanço da Covid-19 no Brasil, onde o número de mortos em decorrência da doença se aproxima dos 300 mil, evidencia-se outro quadro preocupante: sobram políticos e faltam lideranças.

Infelizmente, às incertezas na tomada de decisão no âmbito dos municípios soma-se o palavrório negacionista e irresponsável espalhado pelo Governo Federal e o seu doentio Ministério da Saúde. O resultado é o descrédito generalizado no meio da população e o consequente afrouxamento nos cuidados pessoais e coletivos.

Não resta dúvida de que é tarefa árdua para os governantes reconhecerem a necessidade de medidas mais rígidas contra o avanço da doença e, ao mesmo tempo, serem obrigados a recuar diante da pressão de setores da sociedade preocupados com o caos econômico iminente.

Da escassez de lideranças, no entanto, resulta a caótica realidade de que não se cuida nem do combate eficiente à Covid-19, nem são tomadas medidas efetivas de amparo aos setores produtivos da economia.

O que falta para todos e cada um de nós compreendermos, de uma vez por todas, que quem for contaminado agora não terá vaga para ser socorrido nos hospitais?

E não adianta ter planos de saúde privilegiados, nem dinheiro para pagar atendimento particular. Se precisar de UTI vai ficar na fila de espera.

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