Ato público será realizado nesta terça-feira (1), em frente à Prefeitura. Veja a opinião da Prefeita eleita, Lucimara (PSD), da Presidenta da Câmara, Dalva Berto (MDB), dos vereadores Alécio Cau (PDT) e Franklin (PSDB), e dos vereadores eleitos Marcelo Yoshida (PT) e Thiago Samasso (PSD).
O Prefeito Orestes Previtale (DEM) não desistiu de viabilizar a sua proposta de revisão do Plano Diretor. Mesmo estando apenas com mais um mês de mandato, o governo municipal publicou um edital convocando uma Audiência Pública para o dia 10/12, no auditório da Câmara Municipal.
Para os movimentos da sociedade civil que acompanham de forma crítica a condução da revisão do Plano Diretor, “a proposta do Plano Diretor da Prefeitura, prevê uma ocupação territorial de aproximadamente 75% de Valinhos, trazendo urbanização de loteamentos, condomínios e prédios, atravessando áreas rurais, ambientais e de proteção de mananciais”.
Para repudiar a convocação da Audiência Pública neste momento, representantes dos movimentos ingressaram com representações junto ao Ministério Público e organizam uma “manifestação popular” para esta terça-feira (1), às 10 horas, em frente à Prefeitura.
Dalva Berto diz que não admitirá “goela abaixo”
A Presidente da Câmara de Vereadores, Dalva Berto (MDB), em entrevista ao Pé de Figo, adiantou: “Nem adianta tentarem enfiar goela abaixo a aprovação do Plano Diretor ainda neste ano, não vou permitir”.
Prefeita eleita diz que região da Serra dos Cocais precisa ter “olhar criterioso”
A Prefeita eleita, Capitão Lucimara (PSD), não respondeu até o momento ao questionamento feito pelo Pé de Figo sobre a conveniência de se fazer uma audiência pública e aprovação do Plano Diretor num final de mandato da atual administração.
Em entrevista concedida no período eleitoral, no entanto, Lucimara afirmou que a Serra dos Cocais é uma região que precisa receber um “olhar criterioso”, e considerou positiva a proposta de adequação da malha viária encaminhada pelo atual governo municipal.
Vereador Alécio Cau diz que Orestes perdeu legitimidade
Para o vereador Alécio Cau (PDT), reeleito para mais quatro anos de mandato, “Acho completamente descabido, ele teve 3 anos e 10 meses para fazer e não conseguiu sequer sair da fase de audiência pública, agora nos dois últimos meses de mandato quer acelerar com uma audiência marcada às pressas. Para mim, ele (Orestes) perdeu a legitimidade de conduzir o processo, não pelo resultado da eleição, mas pela ineficiência em conduzir o processo ao longo do mandato. Creio que o mais sensato é deixar para o próximo governo e próxima Câmara aprovarem o Plano Diretor com a devida discussão com a sociedade valinhense, sem atropelos.”
Reeleito, o vereador Franklin está preocupado
À reportagem do Pé de Figo, o vereador Franklin (PSDB) respondeu: “Recebi a notícia com muita preocupação e indignação pois nos parece que a Administração, ao apagar as luzes, quer atropelar o processo. Eu não concordo e fiquei preocupado por uma questão simples: o próprio governo esqueceu os objetivos de uma audiência pública que é justamente uma reunião pública, transparente e de ampla discussão entres diversos setores da sociedade e as autoridades públicas. Audiência Pública é, e deve ser, a forma de promover a participação popular no processo de decisão sobre a coisa pública, no caso o Plano Diretor, por isso, sou totalmente contra, pois irão, provavelmente, por conta da Pandemia, reduzir a participação das pessoas (controlar o número de pessoas) ou seja irão tentar cumprir “tabela” e prejudicará a verdadeira participação popular.”
Para o vereador eleito, Marcelo Yoshida o processo não respeitou a opinião dos cidadãos
O vereador eleito, Marcelo Yoshida (PT) também manifestou-se contrário à realização da Audiência Pública no dia 10/12:
“É importante lembrar que a participação popular não será efetiva nesse momento, tendo em vista a aumento de casos de Covid-19 e o receio que muitos têm, além de não ser considerado seguro. Além disso, todo o processo realizado por uma empresa não respeitou a opinião dos cidadãos nos processos de participação popular.
Findando o atual governo, essa prática de tentar aprovar o plano diretor a toque de caixa, mostra a quem serve e quais interesses defende o grupo que ocupa a prefeitura e que perdeu as eleições municipais de 2020.
Vale lembrar que passamos por uma crise hídrica em 2015 e atualmente existem reclamações de falta de água em alguns bairros da cidade. A atual proposta do plano de governo prevê a possibilidade de liberação de áreas para a construção de mais moradias. Haverá água para todos?
Não podemos e não devemos aceitar essa audiência pública.
Nós, do Coletivo DiverCidade nos posicionamos contrariamente a esse tipo de postura que desconsidera a participação popular.”
Thiago Samasso diz que não é nem será a favor de destruir a Serra dos Cocais
Eleito vereador em 15 de novembro, Thiago Samasso (PSD) também discorda de como a revisão do Plano Diretor vem sendo conduzida:
“Acho que atual gestão não deveria querer decidir isso agora no final do mandato. Ainda mais com o aumento de casos do coronavírus. Pode ser que foi feito (a convocação da audiência pública) de propósito para a população não ir em peso discutir.
Não sou e nem serei a favor de destruir a Serra do Cocais, ou área semelhante, para qualquer aumento de Condomínios. Sou a favor de trazer mais empresas para nossa Cidade, sem destruir a área rural.”



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