Estudantes lotam Sessão da Câmara e protestam contra o corte do subsídio integral do transporte fretado.
Por Caio Possati
A primeira Sessão Ordinária de 2017, realizada na noite desta terça-feira (7), foi marcada por protestos. Com a possibilidade do subsídio para o transporte fretado ser cortado, estudantes universitários e de colégios técnicos lotaram o anfiteatro da Câmara Municipal para se manifestarem contrários à maneira como a Prefeitura de Valinhos tem tentado solucionar o caso.
O Executivo enviou à Câmara um novo Projeto de Lei que altera a lei que está em vigor (4.972/14). Atualmente, a Prefeitura é responsável pelo pagamento de 100% do valor do transporte fretado aos estudantes valinhenses. No entanto, sob a justificativa da necessidade de cortar gastos em decorrência de uma crise econômica, a nova lei determinaria que o pagamento do transporte fretado fosse feito de acordo com um corte de renda per capita familiar. Ou seja, parte dos estudantes passaria a ter que custear este transporte que, pela lei vigente, é de graça para todos.
De acordo com o documento que foi enviado para a votação, “a medida propõe a alteração do critério social vigente, tendo em vista o grave quadro de crise econômica nacional e municipal. Neste sentido, serão mantidos os percentuais de 50% até 100% dos valores de traslado do estudante até sua unidade educacional”.
O projeto, no entanto, sequer foi votado. Após uma reunião entre os vereados e uma comissão formada para representar os estudantes, foi decidido pela não votação do Projeto de Lei do Executivo. Além disso, também saiu como desdobramento do encontro que a vereadora Dalva Berto (PMDB), líder do Executivo na Câmara, ficará encarregada de colocar pessoalmente a comissão estudantil para negociar com o prefeito Orestes ainda esta semana.
Segundo a comissão, os estudantes não irão aceitar menos do que 100% de gratuidade do transporte fretado para todos.