Crise econômica fez com que o município interrompesse a compra desses medicamentos que não fazem parte da lista de padronizados
Os pacientes que deixaram de ser atendidos pela Rede Municipal de Saúde com as insulinas Glargina (Lantus) e Asparte (Novorapid) estão sendo orientados a requerer os medicamentos à Secretaria de Estado da Saúde. O órgão estadual as fornece a pacientes que, comprovadamente, não conseguem manter a glicemia em valores adequados com o uso de insulinas regulares oferecidas pelo Sistema Único de Saúde.
Ao todo o município fornecia essas insulinas especiais a 250 pacientes por meio de relatório socioeconômico. Elas eram compradas pela Prefeitura, pois não constam da lista de medicamentos padronizados fornecidos pelo Ministério da Saúde e Secretaria Estadual da Saúde.
“O município conseguiu fornecer esse benefício por alguns anos, mas atualmente não consegue mais devido à crise financeira” (Nilton Sérgio Tordin, Secretário da Saúde)
Em função da crise econômica por que passa o município e também o País, a Secretaria da Saúde anunciou na semana passada que não terá mais condições de manter a compra desses medicamentos para atendimento a esses casos especiais.
“O município conseguiu fornecer esse benefício por alguns anos, mas atualmente não consegue mais devido à crise financeira”, afirmou o secretário da Pasta, Nilton Sergio Tordin, acrescentando que praticamente nenhum município da Região Metropolitana de Campinas fornece insulinas especiais, com exceção de mandados judiciais.
O fornecimento da Glargina (Lantus) e Asparte (Novorapid) era efetuado no Centro de Especialidades de Valinhos (CEV) onde os pacientes interessados podem se dirigir para receber orientações gerais para requisição do medicamento junto à Secretaria Estadual de Saúde. Os que não conseguirem receber as insulinas especiais do Estado deverão solicitar aos seus médicos a substituição na receita pelas insulinas padronizadas e preconizadas pelo Ministério da Saúde, a NPH e a Regular.
As insulinas padronizadas estão disponíveis em todas as farmácias das Unidades Básicas de Saúde. Segundo a farmacêutica coordenadora da Assistência Farmacêutica, Rita de Cássia Lopes Amaral, o mecanismo de ação das insulinas é a mesmo, o que difere um tipo do outro é o tempo de ação no organismo.
Segundo a Secretaria da Saúde, com a compra das insulinas especiais a Prefeitura gastava mensalmente quase R$ 46 mil, valor que passará a ser priorizado na lista de medicamentos padronizados, para a atenção básica em saúde que é de competência do município. Esta lista é composta de 159 itens e teve a inclusão de mais 14 medicamentos na última compra.
Fonte: PMV