Tragédia brasileira: sem carnaval, nem vacina, com desemprego e cloroquina!

O neurocientista Miguel Nicolelis, líder do Projeto Mandacaru, comitê científico de combate ao vírus criado pelo Consórcio Nordeste para enfrentar a pandemia, publicou em suas redes sociais um questionamento importante: “O que ainda nos une como nação? No que nos transformamos?”

Nos últimos anos, assistimos à destruição da brasilidade com doses a conta-gotas de falso moralismo, manobras golpistas, farsas judiciais, disseminação de fake news e manipulação midiática. De país admirado pelo mundo, viramos chacota internacional.

Não vai ter Copa, gritaram no país do futebol. Intervenção militar, pedem os lunáticos envoltos na bandeira estadunidense, repleta de listras vermelhas, que nunca será a cor do nosso pavilhão. Abaixo os partidos, os sindicatos, a arte e a cultura, bradam os caras pintadas de verde e amarelo. Religiosos louvam a Deus fazendo arminha com as mãos.

O ocupante do Palácio do Planalto, aclamado como mito detonador das mamatas, cujos filhos, a exemplo do pai, nunca fizeram outra coisa da vida senão se apossarem de gabinetes políticos repletos de rachadinhas e nomeações fantasmas, agora, sem o menor pudor, aparelha o governo com 11 mil militares em cargos públicos.

Como se tudo isso não bastasse, eis que o presidente anuncia, ninguém mais do que o ex-presidente Collor como conselheiro econômico. Sim, aquele que era aclamado o “Caçador de Marajás”, sendo o maior de todos eles, tirado do governo depois de confiscar, na cara dura, a poupança do povo brasileiro.

Estamos diante de uma tragédia brasileira, sem carnaval, nem vacina, com desemprego e cloroquina. Sem cuidado com a saúde, nem com a economia, à espera da volta do povo na rua, ainda que tardia. Desculpem a rima.

Afinal impossível não lembrar dos velhos carnavais!