Detentora do charme de ser a avenida mais longa da cidade, a Avenida Joaquim Alves Corrêa iniciou o ano de 2021 alcançando a tão esperada ligação com a sua irmã, a Avenida Independência, em Vinhedo.
Turbinada com verbas oriundas da participação dos municípios no petróleo do pre-sal, a Prefeitura de Valinhos conseguiu destravar alguns obstáculos e, nas vésperas do Natal de 2020, o ex-prefeito Orestes Previtale inaugurou a abertura das pistas que possibilitaram, finalmente, a ligação com Vinhedo.
É inevitável perceber o regozijo dos motoristas que entram na Joaquim pelo acesso da Invernada e deslizam com os seus veículos até chegar em terras vinhedenses.
Depois de 40 anos de espera, a avenida avançou na ligação com Vinhedo. No entanto, apesar da placa de inauguração, ainda há postes no meio da via, seis desvios de pista, ameaçadores tubos de concreto a interromper o percurso, asfalto inacabado, falta de iluminação e vizinhos aguardando desapropriação.
Incompleto também está o pedaço da avenida localizado no território de Vinhedo, escancarando o vexame do desvio esburacado bem debaixo da placa sinalizadora da divisa entre os municípios.
O Clube da Velha Guarda de Valinhos, por exemplo, ficou à beira do barranco, sem receber um centavo da Prefeitura como indenização. A entidade teve que se contentar apenas com a promessa de edificação de uma nova sede a ser realizada por um empreendedor imobiliário em troca da construção de torres de apartamentos no local.
Os proprietários lindeiros da pista sentido Valinhos, na altura do Jardim Maracanã, revelam que sequer foram procurados pela Prefeitura a fim de encaminhar uma solução para a desapropriação, tampouco se tem notícia de quando será construído o muro de arrimo que se faz necessário naquele local.
Valeu, Avenida Joaquim Alves Corrêa, mas ainda não foi dessa vez o seu coroamento em plenitude. Oxalá, a espera não dure mais 40 anos, tão longos quanto as suas artérias.
