Um exemplo da nossa triste realidade ocorre, agora,  com o anúncio de que o Município devolveu verbas federais no valor de R$ 1 milhão que seriam destinadas à construção de unidades de saúde.

O Município de Valinhos dispõe de prefeito, vice-prefeito, quinze secretarias com seus inúmeros diretores, além dos dezessete vereadores e mais três assessores para cada um, mas  foi necessária a iniciativa do Poder Judiciário para que  dois dos principais problemas que incomodam a população fossem enfrentados: os parquímetros e os comissionados.

A juíza Daniella Aparecida Soriano Ucceli determinou uma série de mudanças no sistema de parquímetros. Questões que afligem o dia a dia dos usuários e comerciantes no centro da cidade,  o pagamento em cédulas, e não apenas em moedas, além da utilização de cartões bancários de débito e crédito.

Quanto aos cargos comissionados da Prefeitura, a  mesma juíza da 2ª Vara de Valinhos , Dra. Daniella, determinou que a Prefeitura reduza o número de funcionários comissionados, contratados sem a realização de concurso, por entender que houve “descompasso” entre as nomeações e requisitos previstos em lei. A ação foi ajuizada em 2016, quando o Ministério Público indicou ao menos duzentos cargos nessa situação.

Outros grandes problemas demonstram a situação de apuros em que se encontra a nossa cidade: a dívida astronômica de R$ 450 milhões, as vias públicas e seus incontáveis buracos no asfalto, as dificuldades dos serviços de saúde na UPA, a fuga de empresas, ameaça de urbanização da Serra  dos Cocais, etc.

Um exemplo da nossa triste realidade ocorre, agora,  com o anúncio de que o Município devolveu verbas federais no valor de R$ 1 milhão que seriam destinadas à construção de unidades de saúde nos bairros Frutal e Morada do Sol e mais grave ainda é a justificativa da administração municipal: de que não adianta construir prédios para UBS se não temos condições de equipá-las e nem recursos para manter os serviços.

Enquanto isso os jornais locais, sabidamente engajados em correntes partidárias, cada qual a seu gosto, até tentam disfarçar, entretanto, retratam o que se desenrola nos bastidores dos diversos grupos políticos: as eleições municipais de 2020.

Provas desta realidade são o racha que se escancarou após a Convenção Municipal do PMDB, cujo resultado manteve o controle do partido nas mãos do ex-prefeito Marcos e as insistentes moções dos vereadores preocupados com nudez no museu ou escola sem partido, dentre tantas outras banalidades.

E a sociedade, por sua vez, se mantem  alijada, distante,  enquanto passivamente assiste e sente na pele a cidade definhando a cada dia, para só ser convocada novamente a participar do fetiche eleitoral em 2020.

 




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