
As eleições municipais acontecem no dia 15 de novembro, vamos eleger prefeito, vice-prefeito e vereadores. Em Valinhos, foram registradas 11 chapas de candidatos a prefeito e vice, e cerca de 300 candidatos a vereador.
A Câmara Municipal de Valinhos é composta de 17 vereadores, e cada um indica 3 assessores, o que resulta em 51 cargos nomeados. Sendo de R$ 6.900,00 a remuneração mensal de cada vereador, e R$ 8.647,65 o salário do assessor, temos um dispêndio de R$ 558.330,15 por mês, R$ 6.699.961,80 por ano e R$ 26,799.847,20 ao final de quatro anos, que é o período de cada mandato.
Estamos falando apenas do salário base, sem contar outros benefícios, encargos e a estrutura física e de pessoal do Poder Legislativo. Diante disso, uma discussão é necessária: está adequado o volume de recursos destinado à manutenção da atividade dos vereadores, num momento de crise econômica e social na vida do país?
Não se trata de fazer proselitismo pela redução do número de cadeiras no legislativo, pois é salutar para a vida política do município a garantia da mais ampla representatividade. Mas, como respeitar um representante se, após eleito, aos olhos dos representados, ele passa a ser visto como um privilegiado, mantenedor de cabide de empregos e com uma produtividade aquém das expectativas e necessidades e, consequentemente, desprovido de confiança?
Com a palavra os 11 candidatos a prefeito e seus vices, os 300 postulantes ao cargo de vereador e, principalmente, os 93.193 eleitores valinhenses.



Como pode o povo acreditar num político se ele só pensa neles eles só aumenta o salários deles e inventa um mundo de regalias para seu próprio lucro principalmente deputados e senadores sem essa coja o país não tinha tanto prejuízo não dá mais vamos abrir o olho tem que mudar tudo ok atenção na hora de votar ok
O questionamento é válido e pertinente, mas é preciso produzir uma análise mais detalhada. Qual é o custo anual do parlamento valinhense (todos os custos)? Depois disso, é preciso comparar esse custo com outros municípios com dados demográficos e econômicos similares ao de Valinhos, além de identificar orçamentos dos parlamentos municipais em países desenvolvidos e democráticos. Qual é a função da Câmara de Vereadores? Seria possível cumprir essas mesmas funções sem a enorme estrutura atual? Seria possível dobrar o número de vereadores reduzindo em 50% os custos atuais? Além disso, é preciso esclarecer qual é a justificativa legal para tais gastos. Focar o debate apenas no valor pago aos vereadores e assessores não permite visualização ampla da realidade.
O número de vereadores está previsto em lei, conforme o número de habitantes da cidade. No caso de Valinhos, pode ter entre 11 (mínimo) e 17 (máximo). Há que se questionar a produtividade e representatividade com o número. A realidade que temos é um legislativo que não quer discutir isso claramente com a população. Tem um projeto de redução para 15 vereadores parado na Câmara desde o início de 2019 (ficou 6 MESES! na em uma das Comissões). 8 vereadores pediram vistas deste projeto (incluindo autores do projeto e membros das Comissões que já deram pareceres favoráveis) que economizaria mais de 4 MILHÕES para a próxima legislatura.
https://pedefigo.com/camara-comeca-a-discutir-a-reducao-do-numero-de-vereadores-de-17-para-15/
Esta notícia acima do Pé de Figo reproduz nota da própria Câmara dizendo que o projeto estava em pauta para ser discutido. No entanto, em todas vezes que foi colocado em pauta, acabou saindo da Ordem do Dia, após pedido de vistas dos vereadores, sem nenhuma discussão.