𝟭𝟱 𝘃𝗲𝗿𝗲𝗮𝗱𝗼𝗿𝗲𝘀, 𝟮 𝘃𝗲𝗿𝗲𝗮𝗱𝗼𝗿𝗮𝘀 𝗲 𝗮 𝗣𝗿𝗲𝗳𝗲𝗶𝘁𝗮 𝗲𝘀𝘁𝗮̃𝗼 𝗽𝗿𝗲𝘀𝘁𝗲𝘀 𝗮 𝘀𝗲𝗿 𝗽𝗲𝗿𝘀𝗼𝗻𝗮𝗴𝗲𝗻𝘀 𝗱𝗲 𝘂𝗺 𝗱𝗶𝗮 𝗵𝗶𝘀𝘁𝗼́𝗿𝗶𝗰𝗼
Após receber parecer favorável do Departamento Jurídico da Câmara Municipal de Valinhos, os vereadores podem votar na sessão desta terça-feira, 8, a proposta que inicia o processo de cassação da Prefeita Lucimara (PSD), através da aprovação de uma Comissão Processante.
A iniciativa tem como base uma denúncia de que houve improbidade administrativa e superfaturamento na compra de material paradidático para a rede municipal de ensino.
No dia seguinte à leitura da denúncia, ocorrida no dia 2 de março, a Prefeita divulgou nota em que afirma: “O projeto contratado pela Prefeitura tem justificativa técnica, jurídica e, o mais importante, educacional, já que está em sintonia à proposta pedagógica avaliada pelos técnicos de carreira da Secretaria de Educação”.
Sem entrar no mérito da procedência da denúncia, que deve ser sim objeto da prerrogativa de fiscalização própria da função do legislativo, os 15 vereadores e as 2 vereadoras, além da chefe do executivo, estão prestes a ser personagens de um dia histórico: o pedido de cassação da primeira mulher eleita Prefeita de Valinhos, justamente no mês dedicado à luta das mulheres e com início do processo exatamente no Dia Internacional das Mulheres.
Outros ocupantes do comando da Prefeitura, todos homens, foram acusados de irregularidades administrativas, inclusive com contas reprovadas pelo Tribunal de Contas e nenhum deles teve sequer cogitada uma eventual cassação.Tudo isso acontecendo no momento em que a vizinha cidade de Vinhedo assiste atônita à inédita cassação de uma vereadora, e o mundo repudia, enojado, um deputado estadual paulista afirmar que “as mulheres ucranianas são fáceis porque são pobres”.
É inevitável a constatação de que não é fácil a ocupação pelas mulheres dos espaços da política, muitas vezes com agressões violentas, como o caso da deputada federal insultada por um colega com a afirmação de que ele não a estupraria por ela ser feia, e da parlamentar cujos seios foram apalpados, no plenário da Assembleia Legislativa de São Paulo, por um asqueroso deputado estadual.
