Uma comissão independente de delegados da Conferência Estadual da Cultura do Estado de São Paulo reclama da falta de organização e de acessibilidade da etapa online que ocorreu nesta sexta-feira (8) e pede para que todos os temas sejam debatidos nos dias 18 e 19 deste mês no encontro presencial já marcado.
Organizada pela Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, a quarta edição da conferência foi marcada por atraso e autoritarismo do secretário executivo da pasta, Marcelo Assis, que conduzia o encontro.
Marcado para as 9h pela plataforma Zoom e depois pela Microsoft Teams, o evento começou com cerca de 40 minutos de atraso, a falta da leitura e aprovação do regimento interno e muita dificuldade de conexão dos participantes às salas de discussão estão entre as reclamações da comissão de delegados.
No destaque o “chat” desabilitado
A abordagem inicial da Secretária Marília Marton (foto), referente à importância da diversidade e equidade na seleção das propostas, contrasta com a inobservância das condições técnicas que deveriam viabilizar tais objetivos.
Uma delas foi a ausência de recursos de acessibilidade, como interpretação de Libras e audiodescrição no evento, inclusive no eixo que se propunha a tratar de acessibilidade na cultura, impedindo a participação plena dos delegados com deficiência. Após muita reivindicação do grupo, o encontro voltou para a plenária com a tradução em Libras, quase três horas após o início da conferência.
Um pouco mais de uma hora depois, Assis encerrou a sala do encontro sem dar explicações enquanto os delegados debatiam as propostas.
O grupo quer que o governo estadual se posicione e realize um encontro com condições de participação. “Exigimos que a Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo reconheça suas graves falhas e garanta as condições necessárias para que as pessoas eleitas nas conferências municipais de mais de 600 cidades possam levar suas propostas para as políticas públicas de cultura do estado e do país”, afirma Adriana Scannavez, uma das representantes do grupo.